segunda-feira, 4 de maio de 2009

O que não é liturgia

Para melhor viver a liturgia – que é o maior meio de contado de Deus com seu povo – precisamos entender o que a liturgia não é.

Ela não é um conjunto de ritos sempre iguais, como um protocolo. Como ela nos leva até Deus, mesmo que seja pelos mesmos ritos, eles sempre são novos, como a ação do Espírito Santo é sempre nova.

Ela também não é somente um conjunto de regras. A liturgia nos faz entrar em contato com o mistério que é Deus. Esse é um sentido muito profundo para sintetizá-la tanto.

Liturgia não é teatro. Não é mera encenação da vida, paixão, morte e ressurreição de Jesus. Esses mistérios são atualizados na liturgia. Eles acontecem de novo, pois foi Deus quem criou a divisão do tempo em horas, dias, anos, etc. Para Ele a divisão de tempo não existe.

Liturgia não é uma série de cantos separados por algumas orações. Olhá-la assim seria simplificá-la muito. Cada rito e momento na liturgia são únicos.

Ela não é (não pode ser) um Show. O altar não é (não pode ser) como um palco. Pois não há artista e platéia. Não há alguém que seja mais importante. Ninguém que está no altar é mais importante que alguém que está na Assembléia. Nem mesmo o Padre. Na liturgia, não é o Padre que a celebra, mas é toda a Assembléia que celebra junto. A diferença é que cada pessoa exerce um serviço dentro da celebração litúrgica.

Liturgia não é uma reunião a mais na sociedade. Não é apenas uma cerimônia em que as pessoas se reúnem. Ela nos leva até Deus para nós o glorificá-lo; e Ele vem até nós para nos santificar.

Ela não é só palavras, gestos ou canções. Cada parte da liturgia tem um motivo especifico. Todas as palavras, gestos ou canções têm o sentido de nos levar à Deus e trazê-lo à nós.

Ela, também, é muito mais que a simples leitura de um folheto.


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