quarta-feira, 30 de maio de 2012

A motivação para os estudos entre os universitários


A motivação para os estudos entre os universitários
Diego José Silva1 e Gema Galgani de Mesquita Duarte2
1.         Discente da Faculdade de Psicologia da Universidade José do Rosário Vellano, campus Alfenas.
2.         Doutora pela faculdade de educação da UNICAMP.

Pesquisa financiada pela Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG).



Resumo

A motivação de estudantes tem-se destacado no contexto educacional como um construto importante em função do ensino eficaz e aprendizagem significativa. Essa pesquisa teve o objetivo de estudar a motivação para a aprendizagem entre os universitários de duas universidades sendo uma de ensino privado e  a outra do ensino privado e publico. Usou-se a teoria da autodeterminação que estuda a motivação pelas suas orientações intrínsecas e extrínsecas. Os dados foram coletados mediante uma escala Likert em uma amostra de 737 universitários. Os resultados mostram o diagnóstico de que a motivação preponderante nas universidades de Alfenas é a orientação motivacional intrínseca. As médias extrínsecas foram de 2,90 para o ensino público (EPU) 2,84 para o ensino privado (EPA) ; enquanto as médias intrínsecas foram: 3,19 para o publico 3,27 para o privado. Os índices de motivação relatados pelos universitários foram semelhantes entre as duas universidades. Com relação aos gêneros observou-se as medias de 2,89 EPU e 2,85 EPA entre as mulheres e 2,90 EPU 2,82 EPA entre os homens para motivação extrínseca; em relação a motivação intrínseca  têm-se as medias de 3,19 EPU e 3,35 EPA entre as mulheres 3,18 EPU e 3,19 EPA  entre os homens. Os dados mostraram diferenças da orientação motivacional extrínseca entre os períodos nos cursos da universidade pública revelou diferença significativa entre as médias das questões pares dos períodos: terceiro (Particular = 2,76 e Publica = 3,14) e sétimo (Particular = 2,87 e Publica = 3,07). A partir dos dados obtidos na pesquisa, pode-se constatar a importância de serem estudados e aprofundados os conhecimentos científicos na área das orientações motivacionais no ensino superior, para entendê-las melhor e para usá-las em favor do rendimento universitário.

Palavras-chave: motivação, aprendizado, coeficiente de rendimento; universitários.

sábado, 20 de agosto de 2011

Livro: “O Príncipe” de Nicolau Maquiavel


O livro foi escrito no fim da idade média. Seu nome original seria “Dos Principados”, porém os primeiros redatores da obra viram que esse nome poderia mudar.

Terminei a leitura do livro e mostrarei aqui, muito resumidamente, o conteúdo do livro, que foi escrito como conselhos para alguém na posição de príncipe, que deliberei mais louvável. Serve também, na atualidade, para alguém que detenha a posição de chefe, ou em qualquer posição que sua opinião é a última.

Sobre quando o príncipe conquista um estado, ele deve atentar a extinguir a linhagem de seu antigo príncipe e não modificar ainda suas leis, impostos e costumes bruscamente, de forma que o povo se acostume com a situação e se acomode nela até ela se tornar comum para eles. Só assim poderás mantê-lo seu para muito tempo. Se esse território conquistado for de algum valor, construir um lugar onde seja sua casa nele e o povo saiba que você de alguma forma tenha residência lá é muito bom para a manutenção dele. Outra questão é que, é mais proveitoso, ao invés de formar bases militares e mandar soldados para lá, seja o de aos poucos mandar colonos do teu antigo estado para morar lá em seu novo estado.

Sobre as atrocidades que talvez o novo príncipe tenha de fazer em terras conquistadas (como por exemplo, o extermínio dos membros da antiga nobreza) é bom que sejam feitas todas de uma vez.

Sobre a invasão de um novo estado, é mais fácil invadir um estado que possui vários líderes em seu meio, pois as tropas são descentralizadas. Porém é mais difícil, depois de conquista-lo, mantê-lo para si. Tudo isso é inverso quando um estado possui uma só liderança. Conquistar é uma coisa e conservar é outra.

O príncipe recolherá o tributo e criará um governo oligárquico com alguns do povo que ele escolher, porém que seja certo que esse governo não poderá suster-se sem a sua simpatia, vontade e sem o seu poder. Importante, também, é ajudar os fracos do povo e submeter os poderosos. Ou se tem o apoio do povo ou da elite. Do povo é melhor, pois a única coisa que ele pede é que não haja opressão por parte do governo. Satisfazer os anseios do povo, e dos nobres com puder. Benevolência popular é ótima. Ser muito liberal com os tributos e as taxas fiscais não é proveitoso. O ideal são taxas e tributos altos juntamente com bons resultados.

O príncipe eleito por seus méritos e competência é mais difícil alcançar o principado, mas quando alcança permanece por mais tempo. Já com o príncipe eleito pela sorte, ou indicação sem os seus méritos e competência, acontece o contrário.

Só consegue introduzir um novo sistema ou ordem social quem tem o poder (armas) à mão.

Uma cidade com defesa forte e suprimentos para um ano de cerco, mesmo pequena é mais independente e respeitada politicamente.

As bases de um bom estado é a lei e o exercito. Os capitães do exército devem ser homens bravos e respeitarem (estarem sob) a lei do principado.

O principal trabalho e arte do príncipe é a guerra: exércitos militares, organização e disciplina. Em época de paz deve cuidar de evoluir as capacidades militares de seu principado.

É melhor ser temido do que amado, pois amado você está nas mãos do favor e da vontade dos homens, que são maus e infiéis por natureza. Portanto os homens não podem o estimar, mas o temer para que ajam corretamente. Grandeza, coragem, austeridade e firmeza por parte do príncipe, assim não há traição ou rebeldia.

O príncipe deve parecer (usar a dissimulação) nos seus atos, palavras e promessas sempre como bom e fiel. E sempre que preciso usar a lei e a força. Porém não se pode atrair o ódio e o desprezo dos homens; o ódio surge quando se atenta ou se usurpa o patrimônio ou a honra dos homens.

Em um principado existem as ameaças internas e as capacidades externas. Essa última é a mais importante para o príncipe se preocupar, pois é no que o povo se importa mais.

Às vezes ter inimigos faz bem para subjuga-los e aumentar sua grandeza.

Os súditos devem ser premiados ou punidos conforme merecerem e de modo que isso repercuta (seja divulgado) fortemente. É necessário dispensar atenção aos subgrupos da sociedade. Também se tem que conceder festas aos súditos.

Deve-se saber ser verdadeiro aliado e verdadeiro inimigo, e nunca se mostrar em cima do muro e neutro com outros principados.

Prudência: tomar por bom o que é menos ruim.

Na questão da escolha dos ministros deve-se trabalhar muito para que sejam capazes e fiéis. Deve-se atentar para os que não vão nunca pensar em si próprios, mas na vontade do príncipe. Esse deve ocupa-los e enriquecê-los com presentes para que eles se contentem e saibam que só terão esses privilégios continuando sobre sua proteção.

As cortes se acham repletas de aduladores que são uma peste. Na questão dos conselheiros escolhidos por ti, eles têm que saber que não estariam te contrariando ao dizer-te a verdade. Somente a alguns homens o príncipe dará essa liberdade de dizerem a verdade e somente pelos motivos que o fazem perguntados. O príncipe ouve a opinião e depois decide por si mesmo ao seu modo. Eles devem saber que quanto mais livremente o falarem, melhor serão vistos.

É na dificuldade que o homem mostra sua bravura.

Metade das coisas na vida é a sorte e a outra metade são os méritos e a competência.

A sorte é como um rio em que você deve prever as cheias construindo barragens e diques.

A maioria só enxerga e não sente. A minoria que vê a verdadeira realidade não tem força contra a maioria que está apoiada no que parece.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Santo Tomás de Aquino

A biografia de Tomás de Aquino não apresenta momentos dramáticos, podendo ser sintetizada nas etapas principais de uma vida inteiramente dedicada a meditação e ao estudo.

Nasceu em 1225 e estudou inicialmente sob a orientação dos monges beneditinos da Abadia de Monte cassino e, em 1244, ingressou na ordem dos Dominicanos. Um ano depois encontra-se em Paris, onde continua a formação teológica com Alberto Magno. Em 1259 se gradua doutor em teologia. Lecionou muito tempo em Paris e em várias cidades da Itália. Morreu em 1274 com apenas 49 anos de idade.

Ele foi um estudioso incansável e se empenhava em trabalhar ordenando o saber teológico e moral acumulado na Idade Média. Sua obra mais celebre é uma de suas últimas, apesar de não ter sido concluída: a Suma Teológica.

No contexto da época de São Tomás de Aquino, havia em Paris um conflito intelectual que opunha o conhecimento pela fé (teologia) ao conhecimento pela razão (filosofia). A crença na revelação bíblica às investigações dos filósofos gregos. Os conflitos já vinham de algum tempo, mas acentuaram-se depois da divulgação da filosofia aristotélica, graças a traduções feitas na segunda metade do sec. XII. Os filósofos argumentaram que a doutrina aristotélica possuía um conteúdo muito distinto da concepção cristão do mundo. Então depois de vários decretos papais tentando controlar a questão, houve um processo de conciliação entre a filosofia aristotélica e o cristianismo, que só veio a se tornar possível graças ao espírito analítico, à capacidade de ordenação metódica e a habilidade dialética de Tomás de Aquino, que aliava a um profundo sentimento de fé cristã.

Para Aristóteles a distinção entre essência e existência é puramente conceitual, lógica. São Tomás de Aquino altera num ponto básico o conteúdo da filosofia aristotélica, embora conservando seu arcabouço racional convertendo essa distinção entre essência e existência em ontológica, real. Assim ele conclui que a definição da essência das criaturas não implica sua existência e, portanto, elas não existem por si mesmas, e sim devido à outra realidade.

Apenas em Deus haveria identidade entre essência e existência. Ele é o ser pleno, nada podendo ser-Lhe atribuído e nada Lhe faltando. Deus é imóvel e eterno, pois não é possível conceber Nele nenhuma transformação. Deus é a perfeição pura.

A partir daí, São Tomás de Aquino propõe as [i]5 Vias que Levam a Deus, ou [i]5 Vias em que a Razão pode Provar a Existência de Deus.

Na antropologia tomista o homem aparece como um ser dotado de duplo compromisso: por sua alma pertence aos seres imateriais e transcendentes, e pelo corpo pertence aos seres materiais e corpóreos. A alma humana é, assim, um horizonte onde se tocam o mundo dos corpos e o dos espíritos.

O fim do homem, para Santo Tomás é o aperfeiçoamento de sua natureza, o que somente pode cumprir-se em Deus. A finalidade última das ações humanas transcenderia, portanto, ao próprio homem, cuja vontade, mesmo que ele não o saiba, leva-o a dirigir-se ao ser supremo.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Formação sobre o livro: “O Vendedor de Sonhos” de Augusto Cury



Como o próprio autor diz no prefácio: “o personagem principal é dotado de uma ousadia sem precedente. Ele esconde muitos segredos. Nada, ninguém consegue controlar seus gestos e palavras, a não ser a sua própria consciência. Sai bradando aos quatro ventos que as sociedades modernas se tornaram um grande manicômio global, onde o normal é ser ansioso, estressado, e o anormal é ser saudável, tranquilo, sereno”.

Lendo o livro retirei alguns pensamentos que gostaria de partilhar com vocês.

O culto às celebridades da mídia é um grande sintoma da insanidade que vive a humanidade. Cada pessoa deveria dar total valor, antes, a si mesmo e às pessoas à sua volta.

Um líder ou artista tem que saber admirar as pessoas que estão sob a sua liderança ou curtindo sua arte.

Um líder é uma pessoa que sonha alto com o que ele está à frente.

Na nossa sociedade a experiência de prazer se tornou larga como um oceano e rasa como um espelho d’agua.

A dor interna de uma pessoa é só dela, não se pode elaborar nenhuma tese sobre ela.

Quando se debate um assunto, a maioria das pessoas age com paixão e tendências.

Precisamos viver mantendo a nossa mente calma.

O interior de uma pessoa morre quando de alguma forma ela deixa de se sentir importante.

Os seres humanos que vivem com maior dificuldade são os mais fortes e os mais ricos interiormente.

Nunca devemos anular um sentimento errado de alguém, mas, sim, redirecionar esse sentimento para o lado certo.

Devemos fazer cortes na nossa vida para vivermos intensamente e sem excessos.

Para se conhecer verdadeiramente uma pessoa dê-lhe poder e dinheiro. O poder faz libertar os monstros escondidos debaixo da humildade. Já o poder nas mãos de um sábio o torna aprendiz.

Viver bem depende muito mais da arte de saber perder do que saber ganhar.

Temos que tomar cuidado para não tomarmos como propriedade nossa, o que amamos ou entendemos bem.

Maria deve ter dado uma educação global para Jesus e não somente de acordo com a cultura da época.

Não devemos nos empenhar nunca em mudar outra pessoa, mas só apoiá-la e corrigi-la.

Devemos mostrar o erro das pessoas sem puni-las.

Sem sonhos nossos fantasmas interiores nos controlam.

Sonhos devem ser projetos. Devemos nos sacrificar em várias áreas para alcança-los. Podemos utilizar as derrotas para cultivá-los.

sábado, 23 de abril de 2011

Santo Agostinho

Aurelius Augustinus, filho de Santa Mônica, nasceu em Tagaste, província romana da África, em 354. O Pai se sacrificou muito para que Agostinho não ficasse só nos primeiros estudos, mas tivesse a educação liberal em Cartago que poderia abrir-lhe a porta do magistério.

Foi um diálogo chamado Hortensius, hoje perdido, do clássico Cícero (106-43 a.C.), que lhe abrira as portas do saber. O diálogo era um elogio a Filosofia. A partir daí tomou amor pela sabedoria.

Sua mãe oferecia-lhe sempre a Bíblia para que ele a lê-se, mas ele recusava-se, as sagradas escrituras lhe pareciam vulgares e indignas de um homem culto.

Sua juventude foi marcada pelo amor aos prazeres mundanos e pela Filosofia. Abriu uma escola em Tagaste, logo depois se transferindo de novo a Cartago, a fim de ocupar o cargo de professor da cadeira municipal de retórica. Era grande professor. Porém a maior parte dos alunos fazia os cursos apenas para cumprir obrigações familiares e sociais e, consequentemente, não se interessava muito pelas aulas. Depois de 10 anos, cansado de dar aula para pessoas desinteressadas, ele se muda para Roma.

Antes da viagem deixou-se, então, seduzir pelas doutrinas dos maniqueus, que afirmavam a existência absoluta de dois princípios, o bem e o mal, a luz e as trevas.

Agostinho viajou para Roma com esperança de encontrar alunos mais dedicados, e também maiores lucros e consideração. A residência imperial nessa época se encontrava em Milão e Agostinho logo já foi para lá ocupar um cargo de professor de retórica.

Deixou o maniqueísmo e frequentava a Academia platônica, onde entrou em contato com o neoplatonismo, então muito distante da linha de pensamento de seu criador e voltada para um ceticismo e um ecletismo não muito consistentes.

O platonismo foi um passo importante para a tão famosa conversão ao cristianismo. Para os Cristãos de Milão o platonismo era a Filosofia que mais se aproximava com o cristianismo e era fonte de conciliação entre a Fé cristã e a Filosofia grega.
No ano de 386, Agostinho contava com 32 anos e chorava nos jardins da sua residência em Milão. Deprimido e angustiado no momento, procurava uma resposta definitiva que lhe desse sentido à vida. Ouvindo uma voz de crianças que diziam: “Toma e lê, toma e lê” ele olha ao seu redor e não enxerga essas crianças, mas encontra uma Bíblia sobre a mesa e a abre na passagem: “Não caminheis em comilanças e embriaguez, não nos prazeres impuros e em leviandades, não em contendas e emulações, mas revesti-vos de Nosso Senhor Jesus Cristo, e não cuideis da carne com demasiados desejos.” Uma espécie de luz inundou lhe o coração, dissipando todas as trevas da incerteza.

Isso aconteceu tempo depois que Agostinho conheceu Santo Ambrósio, bispo de Milão e grande orador e teólogo. Sua admiração pelo bispo foi grande ao ponto de escutá-lo, sem atenção ao que falava aos fieis, mas somente para admirar sua retórica e sabedoria.

Depois do dia em que as palavras de Paulo de Tarso o converteram ele se afastou completamente de qualquer ato pecaminoso. Deixou também o cargo de professor e tirou uns dias para descansar na propriedade rural um amigo. Na primeira Páscoa seguinte foi batizado conforme os costumes da época. Então voltou a Tagaste, vendeu as suas propriedades paternas e junto com amigos fundou uma espécie de comunidade monástica. Ali pretendia passar o resto de seus dias em recolhimento, fundamentando racionalmente a fé que abraçara e se aprofundando espiritualmente em sua vocação religiosa.

Passados 3 anos, em um certo dia Agostinho adentra a Igreja de Hipona e o Bispo Valério está propondo a assembleia a escolha de um ajudante nas funções sacerdotais, principalmente na pregação; e então a assembleia falou em uma só voz e sem dúvidas: “Agostinho, presbítero!”

Embora não gostasse da ideia, aceitou como sendo um chamado divino. Depois de alguns anos Agostinho sucedeu Valério como Bispo de Hipona dividindo seu episcopado entre tarefas de culto e administrativas, e suas reflexões filosóficas e teológicas.

Apesar de muitos afazeres e responsabilidades como Bispo, realizou uma obra imensa, grande parte imprimida em problemas que eram concretos para a Igreja da época. No livro Confissões Agostinho conta toda sua história de vida e se revela admirável analista de problemas psicológicos íntimos, tanto quanto de questões puramente filosóficas.

Agostinho morreu em 430. Despedia-se assim da “cidade dos homens”, que considerava pecaminosa e em trevas, e entrava na “cidade de Deus”. Deixou para nós obras e um pensamento que reinou por vários séculos no Ocidente Cristão, até que outros teólogos pensaram a nova fé em termos filosóficos diferentes.

A síntese que realizou com seus pensamentos, ele mesmo chamou de “filosofia cristã”. O núcleo em torno do qual gravitam todas as suas ideias é o conceito de beatitude e vivencia da santidade. Para ele a felicidade é a razão da filosofia: “o homem não tem razão para filosofar, exceto para atingir a felicidade”. Porém para Agostinho somente a filosofia não era o bastante para nos levar a felicidade, a espiritualidade e a paz interior também era muito importante para isso, daí seu pensamento sempre foi entorno da fé e da razão.

Ainda que as verdades da fé não sejam demonstráveis, isto é, passíveis de provas, é possível comprovar o acerto de seu crer nelas, e essa tarefa cabe a razão. A razão relaciona-se, portanto, duplamente com a fé: precede-a e é sua consequência. Em suas palavras: É necessário “compreender para crer e crer para compreender”.

A Filosofia é para ele uma auxiliar nas questões de fé e felicidade, e por isso muitos veem nele um teólogo e um místico e não propriamente um filósofo. Conquanto, seu pensamento manifesta frequentemente grande penetração filosófica na análise de alguns problemas, e a verdade é que Agostinho conseguiu sistematizar uma grandiosa concepção de mundo, do homem e de Deus.